BENEFICIADOS

Oficina de Dança
por Marciano Mansur


Marciano Mansur é um artista em ação há mais de 30 anos. Antes de 1986, fazia trabalhos para peças teatrais em Carmo do Cajuru e Divinópolis. Em 1986, foi contratado pelo Palácio das Artes como aderecista, passando a assistente de figurino e cenários de Raul Belém Machado. Estudou dança e canto, formando-se em Teatro pelo CEFAR - Palácio das Artes.

Em suas três décadas de atividades, desenvolveu inúmeros trabalhos, com indicações e premiação em Dança, Figurino e Cenários. Também ministrou cursos no Valores de Minas e no Marzagão, ambos em BH. Em 2018, ingressou na faculdade de Educação Física (UNICESUMAR). Em meio à pandemia de Covid 19 ele sofreu lesões articulares que o obrigaram à suspender o curso na metade. Atualmente, desenvolve atividades físicas leves e recreativas, como voluntário, com idosos na Vila Vicentina e com autistas na ASADECC, em Carmo do Cajuru.

Devido a situação de pandemia, muitos serviços culturais foram cancelados e/ou adiados. Com as medidas de cautela sanitária, os trabalhadores da cultura tiveram sua renda diminuída ou encerrada, levando artistas a passarem por dificuldades econômicas. Ao lado dessa situação, havia o isolamento social onde a maioria das pessoas ficava em casa, com poucas opções de lazer, destacando-se as transmissões de shows e videos por meio da internet.

Após esse cenário, uma proposta de oficina, como esta, oferecia aos cajuruenses de todas as idades a possibilidade de conhecer técnicas de dança e iniciar um aprimoramento pessoal, mas não houve participantes, ainda arredios em relação a aglomerações.

Assim, por exigência de contrapartida, o educador físico Marciano Mansur ofereceu oficinas inclusivas de dança para autistas e idosos com intuito de condicionamento físico, utilizando ritmos variados e populares. Os passos de dança foram sistematizados em exercício físico, de modo a transformar o prazer da dança em atividade física. Abrangia um público de todas as idades, incluindo surdos-mudos. As oficinas ocorreram em locais seguros e ao ar livre, acessíveis aos interessados.

O artista apresentou suas oficinas, na primeiras duas semanas de maio de 2022, na Vila Vicentina e na Associação de Apoio a Pessoas com Deficiência de Carmo do Cajuru, e continua como voluntário nessas duas instituições, duas vezes por semana, desde então.

O departamento de Cultura, por seu diretor, jornalista Flávio Flora, acompanhou algumas dessas sessões de dança, nos dias 19 e 29 de outubro, verificando os resultados entre os mais idosos e os autistas, que se mostravam felizes e entusiasmados.